domingo, 22 de janeiro de 2017

Folhas








As Folhas




Folhas simples e singelas,
Muito bonitas elas são,
Verdinhas na Primavera,
Amarelas em fim de Verão.


As folhas verdes viçosas,
Encanto dos passarinhos,
Nos ramos entrelaçados,
Aí vão fazer os ninhos.


No Outono a Floresta,
De belas folhas, colorida,
Com o vento fazem festa,
Mesmo no fim da vida.


Folha branca imaculada,
Onde tudo pode pousar,
Desde a ideia inacabada
Ao projecto a realizar.



Folhas que são memórias,
De romances e enredos,
São contos, são histórias,
Verdades, mentiras e segredos.


Há folhas amachucadas,
Deitadas ao lixo sem dó,
Há folhas bem guardadas
Em prateleiras cheias de pó.


Há folhas que são rasgadas,
Para manter os segredos,
Muitas outras arquivadas,
Mantendo assim os medos.



António Feliciano , Verão de 2009

sábado, 21 de janeiro de 2017




Grato

Obrigado porque aceitaste a minha mão estendida,
Por teres ajudado a erguer meu corpo vacilante.
Obrigado por matares a sede desta boca ressequida
E por seres o esteio desta planta rastejante.
Ajudaste-me a subir, ajudaste-me a crescer.
À minha vida fria trouxeste o teu calor,
Devolveste-me a perdida alegria de viver,
Mitigaste minha fome com o pão de teu Amor.
Com a tua magia de sereia me seduziste…
Adormeci no Oceano, induzido em sonho manso.
À Baia dos Encantos, a sorrir, me conduziste
E agora, de te contemplar nunca eu me canso.
Foste semente e eu fui o jardim, o canteiro,
Onde germinou e cresceu o teu Amor.
Dou hoje mil graças ao divino Jardineiro
Por ter feito nascer e criar tão bela Flor.





Em ti detive o olhar,
Tu olhaste para mim,
Assim te fiquei a amar,
Neste enleio sem fim.






domingo, 15 de janeiro de 2017

Cantos e recantos da Lisboa rural



"Olhar de Vento" ao passar na Av. de Berlim em Lisboa, no sentido Leste/Oeste ia olhando á direita  no sítio do antigo Viveiro da Câmara M de Lisboa ,  eis   que algo lhe desperta a curiosidade no meio da vegetação.
Como não podia estacionar no local, foi dar uma volta e entrou pelo Bairro da Encarnação.
Desceu na primeira rua á direita e estacionou mais ou menos a meio.
Era já lusco fusco, foi preciso algum cuidado para descer as escadinhas  cuja terra era suporta por tóros de madeira.

Eis o que viu nesta primeira visita de exploração.




E numa visita seguinte agora á luz do dia:



Mitsubichi o fiel companheiro:



 Uma floresta dentro do meu carrinho, quem me dera poder levá-la :



Deliciosa paisagem, espaços verdes  limpos e bem cuidados.
Uma antiga Nora,,que ao seu tempo devia ser das maiores nas redondezas.

 Uma muita de luxuriante vegetação ,apesar da pouca chuva deste Inverno:

Oliveiras centenárias com troncos de formato caprichoso em forma de Arpa antiga:


E por fim o meu inseparável Mitsubichi, fiel companheiro das minhas incursões pela Natureza: