Excursão à Serra Nevada
Pensei ir à Serra Nevada
Mas não sabia o caminho
Não me meti em trapalhada
Por isso não fui sózinho
Levantei-me de madrugada
Apanhei chuva pelo caminho
E para ir à Serra Nevada
Lá fui eu para Fernandinho
Pensei ir à Serra Nevada
Mas não sabia o caminho
Não me meti em trapalhada
Por isso não fui sózinho
Levantei-me de madrugada
Apanhei chuva pelo caminho
E para ir à Serra Nevada
Lá fui eu para Fernandinho
Há muito que pensava em lá ir
Faltava quem me desse um toque
E quem me fez decidir
Foi a Maria do Carmo Roque
Toda a gente foi pontual
Para não se fazer tarde
Em Auto-estradas de Portugal
Fomos sair no Algarve
Aí se atravessou a ponte
Para alguns a vez primeira
Que passaram a Ayamonte
Logo a seguir à fronteira
Auto-estrada quarenta e nove
É nesta via que se trilha
O caminho mais perto
Que nos leva até Sevilha
Aproxima-se a Primavera
Diz a Terra com nova vida
Muitas flores já na berma
Muita amendoeira florida
Era tamanha mancha verde
Que de olhá-la me deixa tanso
Quanto mais me aproximei
Vejo que é tudo pinheiro manso
Vimos herdades tamanhas
Estufas ,vinhas e laranjais
Por estas terras de Espanha
Muitos pomares e olivais
De Sevilha para Granada
Assim continua a viagem
Sempre agradável de ver
Aquela verde paisagem
E continua o belo convívio
Em amizade e alegria
Na auto-via noventa e dois
Já em terras de Andaluzia
Oliveiras a perder de vista
Em carreiras perfiladas
Sempre ao longo da auto-via
Tal e qual auto-estradas
Vai caindo a chuva miudinha
Que até parece com vergonha
Enquanto espraiamos a vista
Avistando os ninhos de cegonha
Mas a coisa muda de figura
E começa a chuva a valer
Á medida que ganha altura
A auto-via a percorrer
Olhando de um lado para outro
Lá vamos mexendo o pescoço
Já são mais de treze e trinta
E não se vê nada de almoço
E o Motorista, sabichão…
Vendo o que se estava a passar
Logo coloca uma canção
Em alta música a tocar
Auto-via subindo a serra
E com ela a vontade de comer
Mas restaurante e almoço
Só no fim de tudo descer
Granada ,.. «Lá Tierra sònhada»
Acabamos de avistar por fim
Vamos ver se é aí que temos
Almoço para outros e para mim
Almoçar aqui?...isso é que era bom!!!
E lá continuamos divertidos.
Por cinquenta kilómetros ou mais
Pela montanha até Lanjaróm
Onde fomos bem recebidos
Pela equipa de profissionais
Simpáticos os brasileiros
Nos recebem sem alvoroço
E logo naquele instante
Nos conduzem ao almoço
No acolhedor restaurante
Onde fomos os primeiros.
E porque já era tarde
A ida à neve fica adiada
E para entreter o tempo
Fomos passear a Granada
Foram as lojas de modas
E os preços de saldos a fio
Que fizeram o encanto
Do numeroso mulherio
Ruas estreitas e arabescas
De comércio em profusão
Manufacturas as mais grotescas
Quer se goste delas ou não.
Dadas as voltas à toa
Pelo comércio a granel
Lá viemos todos de volta
Para dormir no hotel
No outro dia de manhã
Logo cedo, tudo a pé
Era assim o programa
Depois tomar o café,
Aí temos a demonstração
Desde a manta de cama
Até ao famoso colchão.
É tecnologia de primeira
Em porcelanas e cristal
Diz a equipa brasileira
Levem isto para Portugal.
Bonitos e dourados faqueiros
E sofisticados climatizadores
Tudo anunciam os brasileiros
Que nos parecem uns amores
Uma promoção fenomenal
Da cadeira de massagem
Que quem compra tem oferta
De um serviço de cristal.
Eléctrico o grelhador
Mais a placa de iões
E a Katyane …, um amor
Ali cozinhou os camarões
E por fim todos a contento
Pela missão terminada
Eis chegado o momento
De ir à Será Nevada
Todos voltam ao autocarro
A caminho de Granada
Começam as emoções
Na estrada serpenteada
Estende-se o olhar na paisagem
Por desfiladeiros e montanhas
Lá fora é fria e fina a aragem
Que se nos mete pelas entranhas
Chegada por fim a paragem
E logo naquele instante
Nos conduzem ao almoço
No acolhedor restaurante
Onde fomos os primeiros.
E porque já era tarde
A ida à neve fica adiada
E para entreter o tempo
Fomos passear a Granada
Foram as lojas de modas
E os preços de saldos a fio
Que fizeram o encanto
Do numeroso mulherio
Ruas estreitas e arabescas
De comércio em profusão
Manufacturas as mais grotescas
Quer se goste delas ou não.
Dadas as voltas à toa
Pelo comércio a granel
Lá viemos todos de volta
Para dormir no hotel
No outro dia de manhã
Logo cedo, tudo a pé
Era assim o programa
Depois tomar o café,
Aí temos a demonstração
Desde a manta de cama
Até ao famoso colchão.
É tecnologia de primeira
Em porcelanas e cristal
Diz a equipa brasileira
Levem isto para Portugal.
Bonitos e dourados faqueiros
E sofisticados climatizadores
Tudo anunciam os brasileiros
Que nos parecem uns amores
Uma promoção fenomenal
Da cadeira de massagem
Que quem compra tem oferta
De um serviço de cristal.
Eléctrico o grelhador
Mais a placa de iões
E a Katyane …, um amor
Ali cozinhou os camarões
E por fim todos a contento
Pela missão terminada
Eis chegado o momento
De ir à Será Nevada
Todos voltam ao autocarro
A caminho de Granada
Começam as emoções
Na estrada serpenteada
Estende-se o olhar na paisagem
Por desfiladeiros e montanhas
Lá fora é fria e fina a aragem
Que se nos mete pelas entranhas
Chegada por fim a paragem
Soltam-se áás de admiração
Ante a branca paisagem
Que nos enche o coração
Bonitas as casas coloridas
E telhados de neve a pingar
Águas cristalinas escorrendo
Encostas de branco a brilhar
Bonitos quadros, belas vistas
Que mais parecem fantasias
Gente a esquiar pelas pista
E outros tiram fotografias
Verdes são os pinheiros
De neve estão carregados
Que deixam estes visitante
De olhos bem arregalados
E a tarde vai caindo
A hora é de partida
Toda gente sorrindo
Toda gente divertida
A excursão parece ser boa
Até aqui ninguém reclama
Agora a caminho de Lisboa
A muitos já apetece cama
A viagem é bem longa
Há tempo para tomar notas
Para cantar umas cantigas
E contar umas anedotas.
Recordam-se os tempos
Que há muito vão distantes
E lá vem as do Bocage
Quais delas as mais picantes
Enquanto alguns se riem
Outros dormem menos-mal
Rolaram os kilómetros
Estamos de novo em Portugal
Despedidas com amizade
Assim manda a tradição
E viva todo o pessoal
Que veio nesta excursão
Palmas aos nossos motoristas
Agradeceu a gente saloia
Palmas á Maria do Carmo Roque
E a seu marido que a apoia.
Foi-se entretendo a escrever
Quem na memória já não confia
Afim de jamais esquecer
Tomei estas notas em poesia.
Poesia de viagem, escrita por um Fernandinhense,
Ante a branca paisagem
Que nos enche o coração
Bonitas as casas coloridas
E telhados de neve a pingar
Águas cristalinas escorrendo
Encostas de branco a brilhar
Bonitos quadros, belas vistas
Que mais parecem fantasias
Gente a esquiar pelas pista
E outros tiram fotografias
Verdes são os pinheiros
De neve estão carregados
Que deixam estes visitante
De olhos bem arregalados
E a tarde vai caindo
A hora é de partida
Toda gente sorrindo
Toda gente divertida
A excursão parece ser boa
Até aqui ninguém reclama
Agora a caminho de Lisboa
A muitos já apetece cama
A viagem é bem longa
Há tempo para tomar notas
Para cantar umas cantigas
E contar umas anedotas.
Recordam-se os tempos
Que há muito vão distantes
E lá vem as do Bocage
Quais delas as mais picantes
Enquanto alguns se riem
Outros dormem menos-mal
Rolaram os kilómetros
Estamos de novo em Portugal
Despedidas com amizade
Assim manda a tradição
E viva todo o pessoal
Que veio nesta excursão
Palmas aos nossos motoristas
Agradeceu a gente saloia
Palmas á Maria do Carmo Roque
E a seu marido que a apoia.
Foi-se entretendo a escrever
Quem na memória já não confia
Afim de jamais esquecer
Tomei estas notas em poesia.
Poesia de viagem, escrita por um Fernandinhense,
emigrante em Lisboa ,que participou e gostou desta excursão.
António Feliciano
Lisboa, 17 de Fevereiro de 2007
António Feliciano
Lisboa, 17 de Fevereiro de 2007