terça-feira, 20 de fevereiro de 2007

Excursão `Serra Nevada










































































































Excursão à Serra Nevada


Pensei ir à Serra Nevada
Mas não sabia o caminho
Não me meti em trapalhada
Por isso não fui sózinho

Levantei-me de madrugada
Apanhei chuva pelo caminho
E para ir à Serra Nevada
Lá fui eu para Fernandinho

Há muito que pensava em lá ir
Faltava quem me desse um toque
E quem me fez decidir
Foi a Maria do Carmo Roque

Toda a gente foi pontual
Para não se fazer tarde
Em Auto-estradas de Portugal
Fomos sair no Algarve

Aí se atravessou a ponte
Para alguns a vez primeira
Que passaram a Ayamonte
Logo a seguir à fronteira

Auto-estrada quarenta e nove
É nesta via que se trilha
O caminho mais perto
Que nos leva até Sevilha

Aproxima-se a Primavera
Diz a Terra com nova vida
Muitas flores já na berma
Muita amendoeira florida

Era tamanha mancha verde
Que de olhá-la me deixa tanso
Quanto mais me aproximei
Vejo que é tudo pinheiro manso

Vimos herdades tamanhas
Estufas ,vinhas e laranjais
Por estas terras de Espanha
Muitos pomares e olivais

De Sevilha para Granada
Assim continua a viagem
Sempre agradável de ver
Aquela verde paisagem

E continua o belo convívio
Em amizade e alegria
Na auto-via noventa e dois
Já em terras de Andaluzia

Oliveiras a perder de vista
Em carreiras perfiladas
Sempre ao longo da auto-via
Tal e qual auto-estradas

Vai caindo a chuva miudinha
Que até parece com vergonha
Enquanto espraiamos a vista
Avistando os ninhos de cegonha

Mas a coisa muda de figura
E começa a chuva a valer
Á medida que ganha altura
A auto-via a percorrer

Olhando de um lado para outro
Lá vamos mexendo o pescoço
Já são mais de treze e trinta
E não se vê nada de almoço

E o Motorista, sabichão…
Vendo o que se estava a passar
Logo coloca uma canção
Em alta música a tocar

Auto-via subindo a serra
E com ela a vontade de comer
Mas restaurante e almoço
Só no fim de tudo descer

Granada ,.. «Lá Tierra sònhada»
Acabamos de avistar por fim
Vamos ver se é aí que temos
Almoço para outros e para mim

Almoçar aqui?...isso é que era bom!!!
E lá continuamos divertidos.
Por cinquenta kilómetros ou mais
Pela montanha até Lanjaróm
Onde fomos bem recebidos
Pela equipa de profissionais

Simpáticos os brasileiros
Nos recebem sem alvoroço
E logo naquele instante
Nos conduzem ao almoço
No acolhedor restaurante
Onde fomos os primeiros.

E porque já era tarde
A ida à neve fica adiada
E para entreter o tempo
Fomos passear a Granada

Foram as lojas de modas
E os preços de saldos a fio
Que fizeram o encanto
Do numeroso mulherio

Ruas estreitas e arabescas
De comércio em profusão
Manufacturas as mais grotescas
Quer se goste delas ou não.

Dadas as voltas à toa
Pelo comércio a granel
Lá viemos todos de volta
Para dormir no hotel

No outro dia de manhã
Logo cedo, tudo a pé
Era assim o programa
Depois tomar o café,
Aí temos a demonstração
Desde a manta de cama
Até ao famoso colchão.

É tecnologia de primeira
Em porcelanas e cristal
Diz a equipa brasileira
Levem isto para Portugal.

Bonitos e dourados faqueiros
E sofisticados climatizadores
Tudo anunciam os brasileiros
Que nos parecem uns amores

Uma promoção fenomenal
Da cadeira de massagem
Que quem compra tem oferta
De um serviço de cristal.

Eléctrico o grelhador
Mais a placa de iões
E a Katyane …, um amor
Ali cozinhou os camarões

E por fim todos a contento
Pela missão terminada
Eis chegado o momento
De ir à Será Nevada

Todos voltam ao autocarro
A caminho de Granada
Começam as emoções
Na estrada serpenteada

Estende-se o olhar na paisagem
Por desfiladeiros e montanhas
Lá fora é fria e fina a aragem
Que se nos mete pelas entranhas

Chegada por fim a paragem
Soltam-se áás de admiração
Ante a branca paisagem
Que nos enche o coração

Bonitas as casas coloridas
E telhados de neve a pingar
Águas cristalinas escorrendo
Encostas de branco a brilhar

Bonitos quadros, belas vistas
Que mais parecem fantasias
Gente a esquiar pelas pista
E outros tiram fotografias

Verdes são os pinheiros
De neve estão carregados
Que deixam estes visitante
De olhos bem arregalados

E a tarde vai caindo
A hora é de partida
Toda gente sorrindo
Toda gente divertida

A excursão parece ser boa
Até aqui ninguém reclama
Agora a caminho de Lisboa
A muitos já apetece cama

A viagem é bem longa
Há tempo para tomar notas
Para cantar umas cantigas
E contar umas anedotas.

Recordam-se os tempos
Que há muito vão distantes
E lá vem as do Bocage
Quais delas as mais picantes

Enquanto alguns se riem
Outros dormem menos-mal
Rolaram os kilómetros
Estamos de novo em Portugal

Despedidas com amizade
Assim manda a tradição
E viva todo o pessoal
Que veio nesta excursão

Palmas aos nossos motoristas
Agradeceu a gente saloia
Palmas á Maria do Carmo Roque
E a seu marido que a apoia.

Foi-se entretendo a escrever
Quem na memória já não confia
Afim de jamais esquecer
Tomei estas notas em poesia.


Poesia de viagem, escrita por um Fernandinhense,
emigrante em Lisboa ,que participou e gostou desta excursão.

António Feliciano

Lisboa, 17 de Fevereiro de 2007





















































































domingo, 4 de fevereiro de 2007

Convívio na minha Aldeia
















TT - Fernandinho 2007










































































































TT- Fernadinho 2007, Imagens captadas por «Olhar de Vento»
Hoje 4 de Fevereiro de 2007 , no Lugar de Fernandinho, teve lugar um grande Convívio que reuniu mais de uma centena de adeptos do TT .
Após se ter comido um valente porco assado no espeto ,seguiu-se uma prova de perícia e resistência com «máquinas» bem equipadas para o efeito,como documentam as imagens.
«Olhar de Vento»